sábado, 7 de novembro de 2015

PHDA: Orgulho de mãe!




E mais uma vez ouvi a frase: A sua família e sua visão da PHDA são diferentes...
Para mim e felizmente para o meu marido esta é a única maneira possível de ver e viver a PHDA, dentro da aceitação completa do quadro e das suas características.

Foi assim que criamos / educamos os nossos filhos, a se aceitarem e a lutar pela sua aceitação e inserção dentro da sociedade. Eles são diferentes e sabem disso, mas também são felizes e isso para mim é fenomenal.

Eles terão muito pelo que lutar na vida, travarão batalhas diárias devido à sua PHDA, mas sei que essas batalhas serão realizadas com respeito por si mesmos e pelos outros. Assim como eles também lutarão pelo respeito que lhes é devido a eles como seres humanos, respeito pelas suas características, das quais não tem culpa, mas com as quais tem que viver.

No mês passado fomos convidados a participar num colóquio sobre PHDA no adolescente e no adulto e gostei muito dessa iniciativa. Podemos mostrar quem somos, como nos relacionamos uns com os outros e connosco mesmos. Espero que tenhamos conseguido passar a mensagem do respeito que temos entre nós, da nossa aceitação e convivência da nossa PHDA. É assim que nós somos, é assim que nós agimos... com sinceridade, com cumplicidade...

Acho estranho quando o meu psiquiatra me diz que eu sou uma pessoa genuinamente boa, que não escondo, que não guardo mágoas. Ou quando a nossa pedopsiquiatra diz que nós somos a família da harmonia no caos, que dentro da nossa PHDA conseguimos nos harmonizar, nos organizar e educar 3 filhos com PHDA com comorbilidades diferentes. Quando amigas minhas com filhos PHDA me dizem eu queria ser como tu...

Não sinto que seja diferente de qualquer outra mãe, apenas luto pela felicidade dos meus filhos. Me preocupo em criar excelentes seres humanos, respeitadores, educados, amigos, sinceros, honestos. Para isso luto contra todos os que não os compreendem, repito dez mil vezes a mesma coisa, de maneiras diferentes até que os percebam e os aceitem.

E no colóquio do mês passado senti, com muito orgulho, que tinha realizado um bom trabalho ao ouvir a minha filha mais velha ter um discurso de defesa das crianças com PHDA, para que os pais os ajudassem a se aceitarem... ou quando na palestra sobre PHDA em Monção falou para os professores a referir o quando ela e os irmãos sofreram na escola devido à falta de conhecimentos e à falta de inclusão na mesma. Tenho em casa uma jovem adulta que luta por si, pela sua diferença, mas que também luta pelos outros!

Filha tenho muito orgulho em ti e gosto muito da pessoa em que te tornas-te!

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