sábado, 9 de maio de 2015

Como muda o aluno ao mudar de escola





É impressionante como o mesmo aluno, um jovem com PHDA, pode mudar tanto ao mudar de escola e de método de ensino.

Na escola de curriculo normal, para jovens normais os nosso miudos são vistos como preguiçosos, são alunos mediocres e o envistimento realizado com eles é quase nulo, pois não valem a pena e dão muito trabalho.

Encontrei num texto a seguinte definição de professor: "O objetivo do professor é passar conteúdo para o aluno, “pro-fessar” um conhecimento. Um bom professor incentiva o aluno a ir atrás de novos conhecimentos, de construir novos conhecimentos. Um mau professor se preocupa unicamente com o seu próprio conhecimento e não reconhece que ideias não pertencem à ele e que outras pessoas podem – e devem – pensar diferente."
(http://pablo.deassis.net.br/2010/11/como-identificar-um-mau-professor/). E infelizmente vamos tendo muitos destes maus professores nas escolas.
Ao mudar para uma escola profissional vemos o investimento destas escolas e dos seus profissionais nos alunos que estavam irremediavelmente perdidos para o ensino normal, e assistimos esses alunos a passarem a ser bons ou mesmo excelentes alunos. Sim, muito iram dizer que é a escola do facilitismos, que as notas dos alunos são "oferecidas" gratuitamente pelos professores. Posso dizer que não é assim, há sim, um investimento de qualidade nestes alunos, tentativas de lhes captarem o interesse, que os ir biscar ao caminho onde estavam estagnados e faze-los progredir. Ok, nem todos aproveitam esse esforço, mas os muitos que aproveitam evoluem, interessam-se e tornam-se exelente profissionais.
Vi o meu filho passar de um aluno mediocre a um bom aluno, que gosta de ir à escola, que se sente valorizado e compreendido pelos professores. Um jovem com PHDA, que tinha um PEI (que não era posto em práctica), que tinha notas mediocres e que nas reuniões com o Director de Turma cabia-nos ouvir sempre a mesma cassete da desatenção, do não utilização de todas as suas capacidades.... mas que nãoo viam o jovem triste e solitário nos recreios, que não tinha companhia e que em casal de aula era normalmente ignorado.
Mas na nova escola como sempre fiz todos os anos pedi uma reunião com a Directora de Turma onde expliquei as caracteisticas do meu filho e as suas dificuldade e pedi uma reunião com todos os professores para lhes dizer o mesmo e onde os professores podessem em conversa directa connosco tirar as suas dúvidas, além de darem e receberem sujestões de como melhor lidar com ele.
Quando fomos à reunião de entrega de notas do 1ª período ficamos abismados pelas notas em si, mas principalmente pelo relatório que as acompanhava. Pela primeira vez em 10 anos de escolaridade eu tinha um relatório positivo do meu filho, em que não falavam de desatenção, mas do interesse demonstrado na aprendizagem dos conteúdos, que não demonstrava dificuldade e que era um aluno educado. Ao falar com a Directora de turma perguntei-lhe mesmo se aquelas notas eram por mérito dele ou se tinham sido esticadas e recebi comoresposta que eram mesmo dele: " Ele à beira dos colegas é um doutor", ele sabe a matéria e e voces não o tivessem sinalizado nunca nos teriamos apercebido de nenhum problema de aprendizagem.
Li em tempos uma frase que me marcou em que dizia que os maus alunos revelam os bons professores, é verdade é fácil ensinar uma turma de alunos excelentes e os professores não tem que se esforçar sequer, mas ao encontrarem algum alunos que lhes dá mais luta a maioria desiste, pois ao não conseguirem ensiná-los demonstram que tem falhas que afinal não são assim tão bons e é desistimulante.
É esta diferença no lidar com os alunos que nos dá a confiança de que fizemos a escolha certa, de que ele realmente encontrou o seu caminho para ter o seu lugar no mundo.









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