quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Medicada e concentrada

Ando nos últimos tempos a tomar o Concerta para ir trabalhar e ia notando algumas diferenças no meu comportamento e na minha actuação, ao ponto dos meus colegas perceberem se eu tomava a medicação ou não.Não era algo definido ou que eu me apercebesse de grande mudanças, em geral eram ténues e não lhes dava grande importância.

Claro que como uma boa PHDA eu fazia um "tratamento" aldrabado. Depois do conselho da pedopsiquiatra dos meus filhos, resolvi levar à coisa mais a séria e de maneira mais definitiva. Lá marquei uma consulta, mas foi sem grandes expectativas e com alguma reserva. Ia agora um psiquiatra de adultos diagnosticar-me PHDA??

A consulta decorreu de maneira excelente, com o médico simpático, mas profissional. Fui-lhe apontando algumas das minhas características, mas com a sensação de que não ia a lado nenhum e ele lá pelas tantas diz-me, bem já chega, com  metade disso já tinha o diagnóstico feito. Explicou-me que não me ia mudar e que ao fim de 47 anos eu já tinha adquirido algumas ferramentas para lidar com a situação. Mas que deveria continuar a tomar a medicação para trabalhar, sem esperar grandes mudanças.

Bem hoje estou de folga e com alguns assuntos pendentes para resolver, coisas que em geral adio para a tarde, para amanhã. Resolvi tomar a medicação ao pequeno-almoço e ver o que acontecia. Bem... fiquei surpresa, à hora do almoço eu já tinha tudo resolvido e ainda consegui ir tomar café com uma amiga.

Afinal, tenho que dizer ao médico na próxima consulta que a medicação muda, muda muito a maneira como o meu dia pode correr, claro que não vou tomar todos os dias, mas quando quiser/precisar de um dia mais organizado tomo de certeza.

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