Hoje fomos convocados para mais uma reunião com o Director de Turma. O Sr. estava muito preocupado com as notas dos alunos. Numa turma que sempre teve um bom desempenho, apesar de ter 4 alunos com PHDA, apresentou no 2º período uma queda abrupta nas notas de toda a turma, onde a maioria dos alunos tem negativas, alguns com 3, 4, 6 e 7 negativas.
O discurso do sr começa o com "Água mole em pedra dura", com o conselho de que os pais tem que lhes partir a cabeça e massacrá-los para que estudem.
Claro que está que mais uma vez a minha voz e a do meu marido foram as vozes dissonantes e foi chocante quando eu sugeri que os srs professores deveriam tentar realizar uma auto-critica e repensarem como estão a dar aulas, pois para mim estava nítido que eles não estavam motivados para as aulas. Mas vão continuar os mesmos métodos, pois é assim que tem feito sempre.
Outra das pérolas desse sr é de que todos nós temos que nos esforçar para irmos trabalhar, apesar de irmos contrariados, pois ninguém tem prazer em trabalhar. ao que o meu marido respondeu-lhe de que ele se sentia assim provavelmente estaria na profissão errada.
Temos realmente que orientar os nossos filhos para que consigam uma profissão, onde podem não ser Srs Doutores, mas serão de certeza realizados e felizes.
Nos grupos de discussão de PHDA a grande maioria dos tópicos é o desabafo das mães sobre o seu desgosto pelas notas dos filhos e de como fazê-los estudar mais. Eles podem até ser massacrados para estudar, mas o aproveitamento nunca será o esperado.
Os professores passam todas as reuniões com os pais de um PHDA a reforçar a culpa dos pais, pois eles são distraídos, não usam todas as suas capacidades, os pais não os apoiam o suficiente, não os obrigam a estudar o suficiente.
Temos que nos consciencializar de que o prioritário deverá ser a felicidade e a realização deles. Mas claro que devemos ter em mente que eles tem de realizar os seus melhores esforço para cumprir os objectivos, mas não podem ser obrigados a cumprir o que os professores acham que eles devem, mas sim o que eles podem.
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