terça-feira, 15 de abril de 2014

A associação e o seu porque


Uma das coisas que fiz depois de ter o diagnóstico de PHDA  foi a busca de informação e de uma associação.

Porquê a minha iniciativa em querer  participar numa associação?Porque sempre acreditei que devemos unir forças e quando um "problema" nos aparece, é fundamental buscar apoio e aconselhamento. Partilhar experiências, vivências...
 

Porque quando nós damos e recebemos, estamos a ajudar-nos, mas também estamos a ajudar os outros, daí a partilha. Algo que é gratificante, gera uma aprendizagem e conforto. E muitas das pessoas que convivem com a PHDA precisam dessa entre-ajuda.
Porque nós não podemos ou mesmo devemos lutar sozinhos. Precisamos de muitas vozes para nos fazermos ouvir e nós sabemos tanto, podemos ajudar tanto e informar melhor, mas, principalmente desmistificar.


Precisamos lutar por protocolos, por leis de igualdade, por condições melhores nas escolas...

 O que ganhamos numa associação?Ganhamos alívio, apoio e partilha, porque ter alguém que nos ouve e entende que estamos a passar ou a sentir, a ajudar-nos a perceber que não estamos sozinhos, que a culpa não é nossa, permite ver que podemos fornecer soluções aos outros e os outros podem trazer-nos soluções.Ganhamos uma verdadeira fonte de informações e experiências e isso é importante em relação ao PHDA. Informar e formar é essencial. O PHDA não é apenas de médicos e/ou terapeutas, é da família e do portador. Nós temos que ter voz para dar ideias, opiniões e soluções  e assim todos caminharmos em direcção ao sucesso.Muitas vezes ser ouvido é complicado quando somos apenas uma voz e quem esta à nossa volta não percebe do que estamos a falar. Torna-se mais fácil ouvir e ser entendido. Também podemos ser ouvidos mais longe e mais alto, pois somos mais e estamos unidos a defender a mesma causa, juntos na mesma luta.
 

Fazer com que o PHDA seja entendido pelas escolas, universidades e pessoal docente não será uma luta fácil e simples. Mas teremos assim, mais recursos, mais meios para fazer essa informação ser recebida e percebida.


Eu travei esta luta até aqui sozinha, sem apoios, a ter que ouvir as mesmas queixas, todos os anos, de quem não percebe ou sequer sabe o que é PHDA. Não tive apoios, não tive o suporte de uma associação que me ajudasse e protegesse, mas principalmente que lutasse ao meu lado.

Neste momento pertenço a uma associação - A DAH! - e as coisas começam a tomar forma, seja na maneira de lidar com os docentes, seja na realização de sessões de informação direccionadas aos docentes e às famílias. Temos um longo caminho a percorrer, mas estamos a dar os primeiros passos.

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